sexta-feira, 26 de setembro de 2008

"NOSSO MAIOR DEVER AQUI NA TERRA É SALVAR OS NOSSOS SONHOS!"







Em que mãos fui deixar os meus sonhos! Em que homens fui confiar minhas expectativas! A vida era para ser vivida por mim, não pelos outros! A vida é um sopro! A vida é um sopro! Muitas vezes um soco!!! Se morro, sou eu quem morro e morro sozinho e pronto, não há mais sonhos que se possa viver, realizar. O azar é a sua vida delegada a outrem! Pretextos são palavras de lamento, palavras ao vento que o desejo de ser deixou de ser antes de ser e que ainda se transformou em devaneio que ilude a sua própria condição.
Em que prisão acabei entrando! Em que solo acabei pisando, se eu sabia bem para onde ia, se eu sabia bem o que queria. Por que me deixei trair?! Em que trama me deixei cair! Quantas vezes levantando, caindo, delirando, acreditando sem sair do lugar, dando ouvidos aos inimigos que me trancavam o caminho com carinhos supérfluos, tão certinhos para ser amor de fato, repleto de atalhos para caminhos longos e dispersos. Por quais mãos e mentes, mais dementes que as minhas, eu me deixei levar, para aos poucos ir me perdendo na vez e na voz do outro, na face obscura das coisas, do bobo que fui e que sou.
Ó sonhos meus incubados, ó vida minha encantada, entoada em mil versões, eu lhe rogo, dois milhões de perdões. Perdão pela incompetência, pela incoerência, pelo desleixo, pela inocência, pela falta de coragem e principalmente por não ter sido quem eu nasci para ser, muito embora continuasse sendo quem eu sempre fui e sou. Um romântico incorrigível, um eterno amador, na acepção da palavra, um escravo incondicional do amor, que acredita em tudo que vê, que lhe contam e sonha!

Não é culpa de ninguém. Nem minha, nem dos amigos, nem da família, sempre tive a dignidade de saber e dizer. Todo mundo está no lugar certo! E muitos dos que se ‘deram bem’ na vida, não têm ainda a felicidade construída, conquistada. Não são felizes da mesma forma e muitos freqüentam assíduos á solidão e até o suicídio e outros tantos não sabem por que e jamais conseguem se encontrar, porque, na verdade, ardem para um outro lado. Então, além da verdade, todo mundo arde para algum lugar em alguma direção. A questão é saber ou descobrir, quem somos, pelo que vale morrer, para de fato viver intensamente. Como disse uma vez Mondigliani, “o nosso maior dever aqui na terra é salvar os nossos sonhos!”