segunda-feira, 27 de outubro de 2008

AROMA E DESENCANTO

Por que nos tornamos duros demais?
Por que será que com o tempo
Os tormentos são mais freqüentes
E nossas responsabilidades não nos deixa descansar?
Por que não podemos conservar
O descontraído e afável sorriso
Da criança que um dia fomos?
O por que de tantos por quês ainda
Sem conforto ou sem respostas?
Por que perdemos o paladar doce da vida?
Por que não gostamos mais tanto de doces
E o amor perdeu um tanto o quanto do seu aroma e encanto?
Será que é porque vamos nos aproximando da morte
Destino de todos nós?
Será que o espírito sente um pouco o baque
do envelhecimento do corpo?
Por que nos custa tanto conservar
O espírito altivo e predominantemente alegre
Como poucos?
Será que já viu demais as mazelas da vida e do físico do corpo?
E sente mais que nós e mais que imaginamos?
Será que o nosso egoísmo e o egoísmo do mundo
Asfixia a essência da alma?
Será que somos nós
Os fungos desse mundo
Sem calma...?