terça-feira, 26 de maio de 2009

BORDÉIS DOS DIAS DE HOJES

Vivemos num mundo tão conturbado, que mudanças de hábito não são mais sequer percebidas. Para ir direto ao assunto, nestes tempos, agora convivemos, deliberadamente, com jovens, moços e moças, que divulgam através de panfletos, pelas ruas da cidade, em plena tarde de verão, a proliferação, sem nenhum pudor, da prostituição coletiva e comercial. Eles nos estendem as mãos e oferecem seus panfletos coloridos, com fotos de mulheres nuas que nos ofertam seus dotes a serviço da profissão, com endereços explícitos dos bordéis dos dias de hoje, que não se escondem mais, como quem vendesse um produto qualquer, livremente na feira, despudoradamente, tranquilamente, distribuindo-os como se fossem cartões de visitas.
Mas dessa vez alguém repudiou o ato, recusando-se a receber, por educação ou pudor, a tal folhinha.
- Não, obrigado, meu filho!
Mas diante da insistência do rapaz – e muitas vezes, de mulheres – o senhor vociferou: - Sou casado rapaz! E você deveria ter vergonha...
No que veio a inesperada contra-reação do rapaz. O jovem não entendera que ali ia um homem de bons costumes, digno, fiel à sua esposa e aos princípios, respondendo em alto e bom tom à recusa do ‘cliente’: - Ih! “sou casado” háháhá! Pois fique o senhor sabendo, que o que mais temos lá na casa, são homens casados! - Parecia orgulhoso de dizer - Tá por fora titio - ainda zombara – O senhor não está me dizendo nada; o que tem se é casado?! Seu Mané!
O homem ficou estupefato. Uma total demonstração de seqüela mental, uma discrepância horrorosa aos bons costumes e aos bons valores, um total desrespeito ao próximo e aos mais velhos e à dignidade humana. Uma completa inversão de valores encrespada na cabeça dos jovens que não conseguem sequer, discernir o certo do errado, o respeito do desonroso e que, sem opções, pensa que tem escolhas, e o que é pior, não percebem a profundidade de nada, muito menos do poço de ignorância a que estão atolados e submersos.
Pobre juventude, pobre humanidade. Sem mais dúvida alguma, a sociedade está deveras doente. Doente, muito doente.
Uma constatação desta triste realidade? Pessoas ao redor, riam do que viam!