terça-feira, 17 de março de 2009

A MORTE DO PRESENTE (Um país de segunda)

Somos um país de segunda categoria! Tudo é de segunda. Os discos, os DVDs, as roupas, calçados, bebidas, a polícia(corrupção), transportes, até o sorvete, até o futebol, as relações, os sub-empregos, a educação... Instaurou-se entre nós uma cultura desastrosa e pérfida, escrachada, do quanto pior, melhor! E ninguém se importa com nada e não importa mais quem atirou a primeira pedra. Tudo é solvente, dissimulado, um descaso só. Nossas crianças estão surdas e perdidas, nossas doces e inocentes criancinhas, dançando desprotegidas o ritual antropofágico do futuro submerso no nada. Seus pais cantando sozinhos e felizes a sua desumanização, quase voluntária, dos que na ignorância, fazem coro ao inusitado e capenga estado das coisas. Sons e imagens ( música indecentes e TV mal intencionada) aguçam e proliferam a desordem e a desestrutura conjunta e individual de uma sociedade já hipócrita, pagã e vexatória. Nada mais tem expectativa de nada, nem de um crescimento sadio, nem de uma educação razoável, perdemos o prumo, a direção, os valores, a identidade e a inclinação para as coisas mais sadias; perdemos o parâmetro e nos contentamos com o desastroso e maléfico (no pior sentido) poder da sedução pela sedução do poder, o poder pelo poder, o maldito poder do dinheiro sobre todas as coisas, o poder da mídia em detrimento ao poder da igreja (que também não era honesto), a desestruturação da família, a morte do presente.
Deterioraram-nos até aqui, nossa audição, nossos olhos, nossa mente. Estamos todos contaminados com o vírus frio e mórbido da desumanização em massa.
“As pessoas que tentam tornar este mundo pior, não tira um dia de folga!”