CHUVA FINA
É madrugada ainda
A chuva fina
Na contra-luz
Cai mansinha
Do poste
Sobre as pessoas sozinhas
Aos montes
Que já transitam
Como podem
Sob a chuva fina
Que castiga os pobres
Que trabalham
Por um tosco salário
E o responsável dever
Incumbido
De não deixar
Nada os deter
Assim avançam
Sob a chuva fina que cai
Na madrugada triste
Que vai
Dentro da escuridão
Castigá-los um pouco mais
Sem nenhuma distinção
Os trabalhadores são todos iguais
Que diferença faz
Se faz frio
Ou se não chove mais
Sob a chuva que cai
E que agora não é pouca
Repousa o sonho do patrão
Que não perdoa
E que à toa ri
Da pessoa boa que o outro é
Trabalhadores que nunca enjoam
De obedecer
São ainda 4 da manhã...
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
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