terça-feira, 30 de setembro de 2008

DEPOIS DO TERCEIRO ASSALTO PELA MESMA QUADRILHA, ACHO QUE DÁ PARA NEGOCIAR!

- Puxa! Vocês de novo?!
- É isso mesmo, madame!
- Olha, vocês não estão me reconhecendo? Eu sou aquela da semana passada e de antes de ontem também!
- Sinto muito, madame.
- Mas eu já não tenho mais nada! Foram vocês mesmo que levaram tudo!
- ta reclamando, vovó!
- Vovó é a vovozinha!
- Há! Há! Há! Todos riram! Cuidado com as palavras, madame! Estamos Trabalhando!
- Pois então, vamos negociar, meus filhos!
- Não me chama de seu filho! Porque mãe a gente só tem uma!
- Por falar em mãe, cadê a sua?!
- Não te interessa...deve estar em casa, sei lá!
- Pois então, meu filho, desculpa, eu também sou mãe!
- Não quero saber! Fica quieta que a senhora está atrapalhando o nosso trabalho!
- Tudo bem! Tudo bem! Calma...Olha eu já não tenho relógio nem cartão de crédito...
- Aliás, aquele seu relógio, heim madame
- O que tem?
- Como o que tem? Era falso!
- Falso, é?!
- É!!!
- Olha aqui, meninos, a vida não está fácil, ouviram bem?!Tá pensando o quê? Nós trabalhamos a vida inteira, somos assaltadas duas ou três vezes por semana, não é mole, não!
- e pelo nosso lado – argumentou o bandido – Vocês nunca facilitam. Não é mole lidar com vocês! É preciso muita psicologia, ouviu?! Por isso a gente mata mesmo! Vocês não ajudam, droga!

Neste momento os dois se entreolharam por alguns segundos e de repente, com uma fúria que não sabia que tinha, o bandido fez três disparos contra o rosto da distinta senhora! Ninguém sabe por qual ordem divina, a arma falhou três vezes!

- Filha da puta! Gritou o marginal – Filha da puta! - Sujou! - Gritou o outro!

Nunca mais se viram e da mesma forma jamais conseguiriam esquecer o dia em que a vida foi mais forte que a morte!

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