segunda-feira, 7 de julho de 2008

RÁDIO BLÁ


Insistentemente mudo de estação, mas parece inútil e a revolta cresce, acrescenta em mim uma tristeza repugnável de uma solidão indescritível (eu falo sério), para quem gosta de música, as nossa rádios são umas verdadeiras masmorras para ouvidos e mentes, nem o trânsito em volta de mim me revolta tanto. Parece um complô contra a minha integridade intelectual(me refiro ao intelecto mesmo, puro e simples), e de nada adianta procurar porque se você pensa que encontrará algo, desista, ledo engano o seu de pensar ainda, você tão somente não encontrará nada como bem sabe o que enfrenta, uma tormenta que parece não ter fim, parecemos todos fadados a mesmices dos que só querem lucro, talvez, com alguma sorte, talvez consiga esbarrar numa ou outra canção que a muito não ouvia e que por nostalgia se ateve ali por alguns instante reavivando e revivendo emoções antigas, passadas, quase arcaicas, e que também não vai durar muito, não se anime, logo, logo, tudo volta ao normal, isto é apenas um mero e ralo prazer dos que vivem no léo, ao léo, mendigando pelo ouvido ; estamos todos largados, esquecidos, fodidos mesmo. O mal é que muitos acabam acostumando, é absurda a ordem desconstrutiva das coisas que nos cercam, dominam e governam, nós não sabemos, mas a mesmice nos assalta todos os dias, nos assola a sensibilidade até concordarmos com o que é vigente e nos controla por fim, toma conta de nós, dos nossos sentidos, do sentidos das coisas e de tudo, é a nossa tutora, o mau gosto esta tomado conta do mundo, nos possuindo feito um mal que abafa o mundo. Ela já nos possui, nos guarda, da pior forma fascista, nos impedem do novo, nos amortizando com seus flasbacks que não precisamos mais ouvir, mas à falta de novidades, ficamos gratos pela gentileza (bah!), São músicas consoladoras, bonitas até, mas para um outro tempo, de uma outra época, melosas demais para agora. EU QUERO OUVIR ALGO NOVO!!! Cena não rara é ouvirmos diariamente fartos sucessos de outrora como se fossem lançamentos, de tanto que tocam. Não é possível, meu Deus! Em pleno anos futurísticos, estamos em 2008 estarmos sendo bombardeados por “Chicagos “ da vida, “Rod Stuwart” de antes, George Benson, todo dia agora ouço Comodores! canções dos anos 80 que já naqueles tempos pertenciam ao segundo escalão das rádios e que agora voltam com status de grandes canções; até mesmo nossos próprio artistas têm suas obras insistentemente revisitadas quase todo santo dia, o curioso é que o disco novo não toca; se pelo menos tocassem os clássicos, mas nem isso; são pops demais para serem clássicos, imagino, e no pop... não há clássico no pop, por assim dizer, apenas chatices, por assim ouvir. Essa entre safra não acaba mais?!
Insistentemente mudo de estação, mas parece inútil...

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