quarta-feira, 23 de abril de 2008

AOS TRINTA E CINCO

AOS TRINTA E CINCO


Só fui me aquietar nessa vida
Aos trinta e cinco
Quis ainda poder o que pode um homem
Aos vinte, vinte e cinco
Mas não era mais hora
Agora, a alma não insistia mais
O corpo não padecia
Mas como ainda pedia
O que eu também queria
E não podia mais...
O amor sempre me resguardou
Mesmo me trazendo dores ao invés de flores
Foi ele quem sempre me ensinou
E eu atento, não perdia um só momento
E atuava feito um ator
Sexo sempre foi um detalhe para mim
Mas que detalhe saboroso!
Porém, era o amor quem mais e sempre
me interessava
Se houvesse sexo sem amor
Só se valesse muito à pena!
Agora, se houvesse o amor, eu não me preocupava
O sexo era certo!
E nunca havia erros e precipitações
Pois quem ama tem nos erros
Adoráveis pitadas de recriação de uma mesma realidade
E nunca é tarde
E sempre há tempo para ser jovem
E jamais envelhecer

À propósito
Aos trinta e cinco
É claro que eu podia muito mais ainda!
Tanto eu quanto a minha alma e o meu corpo
É que o amor agora me era pouco!

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