quarta-feira, 23 de abril de 2008

PESSOAS QUE NÃO ACREDITAM NO AMOR !


Pessoas que não acreditam no Amor, parecem mais felizes que as que acreditam, talvez por aceitarem, pela metade, tudo aquilo que poderiam ter por inteiro, porém com todos os riscos que felicidade assim exige. Pessoas que não acreditam no Amor são mais objetivas, menos problemáticas, mais técnicas, quase matemáticas, lidam com a razão, emoções não são o seu forte, só se for aquelas bem passageiras, que não deixam seqüelas e nem as deixam vulneráveis ao companheiro(a) e/ou aos acontecimentos, pois quando são pegos, a revolta pela fraqueza será mais profícua que qualquer possibilidade de estabilidade douradora, já que isso irá lembrá-los e por um bom tempo, de como são iguais a todo mundo e que como todo mundo, eles também são suscetíveis ao sentimento em questão, por isso aprenderão depressa de como não se comportar diante do Amor! A vida é mais importante, interessante, o físico é mais eloqüente, os dias são para serem aproveitados, nos mínimos instantes que lhes possibilitem progresso pessoal, não há tempo a perder. Nos dias de hoje, a corrida pelo ouro é imprescindível, e se todos pensam assim, não será vergonha alguma, agir da mesma forma; o outro mesmo sendo a vítima circunstancial, que seja, irá entender perfeitamente, pois faria o mesmo, se fosse ele o algoz, e pensaria da mesma forma. É como se fosse um negócio, os lucros é o que importa, e se não há, é incoerente a relação. O casal precisa se estabilizar, evoluir, como uma empresa, do contrário é atraso de vida, sinto muito e tchau! Na verdade, nunca houve Amor, esse sentimento que só sabe atrapalhar a objetividade dos que não têm tempo para desperdiçar.
As pessoas que não acreditam no Amor, prezam por uma liberdade incondicional, imprescindível nos dias de hoje, sentem-se evoluídas e isso as fazem se sentir bem, pessoas que não acreditam no Amor têm a mente aberta, centrada e concentrada na estrada e para tudo aquilo que mais querem, por isso são frias, às vezes calculistas, mas sempre em prol a seus objetivos, sem parada para pensar, se distrair com qualquer outro assunto ou coisa, e assim fortalecem seus músculos e suas aspirações, ultrapassam os obstáculos com um empenho e performance de um atleta, não têm piedade para com quem quer que seja, amigo ou amante, parente ou amor,( rsrsrs ). Se for preciso descartá-los, farão com menos prejuízo emocional, pois aprenderam cedo que não se pode ser molengas, não haverá quase sofrimento, não de sua parte, encaram de fato como quase um negócio, cada um dá o que tem, quando quiser e como der, e quando acabar, acabou! A questão pessoal/sentimental é posta sumariamente de lado, não há muito o que considerar, para que estender as coisas, os fatos são o que importa, os números, nada mais. A superficialidade passou a ser uma nova força, mais uma garantia, na verdade, e o caráter, uma questão pessoal, não mais inter pessoal! Serão felizes enquanto a estabilidade durar, não há Amor que resista a uma boa miséria, não é mesmo?! O sentimento maior, tornou-se o menor dos sentimentos, desprezado quase ao extremo, é imitado por outras formas menos nobres de contato humano e perfeitamente ajustável aos novos modos de se dizer “eu te amo”. O Amor foi banido a poucos que ainda resistem. O “eu te amo” agora é pejorativo e enfadonho, neste tempo que a solidão virou mais uma opção, o Amor é um luxo que muitos dispensam.
Pessoas que não acreditam no Amor, são menos careta, são mais descoladas, têm mais parceiros provisórios e por isso mesmo muito mais experiências, são livres, independentes, ao que parece têm até menos problemas e se cansam muito menos. Mas se cansam, da individualidade de cada um, é fácil para elas acharem alguém que possa corresponder a sua carência momentânea, a seus delírios casuais e anseios paranóicos, e fazer-lhes companhia por algumas horas, no máximo dois ou três meses, até se sentirem revitalizados; é quando a relação, prematuramente, começa a fraquejar e o final: “já estamos combinados”... Poderão de novo seguir em frente com suas vidas turbinadas de oxigênio, expansão e solidão, quando assim lhes for aprazível. Nada demais, vida que segue! Sem laços, sem ilusões ou aporrinhações futuras nem presentes, sem ter que dar satisfações a ninguém, enfim, sem o infortúnio do Amor.
Pessoas que não acreditam no Amor, realmente são mais sadias, mais vistosas, vigorosas, alegres, livres, divertidas, incapazes de amar.

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